O que é dor crônica?

A dor crônica é uma condição que afeta cerca de 30 a 40 % dos brasileiros. Dessas pessoas, a metade relata que a dor gera um sério comprometimento em sua rotina.

Considera-se dor crônica aquela que:

– persiste por mais de 3 meses;

– continua por mais de 1 mês após o tratamento de uma lesão;

– acompanha uma lesão, doença ou alteração que não se cura.

 

Como a dor se torna crônica?

A dor tem uma função fundamental para a nossa sobrevivência, pois ela avisa que existe algum problema em nosso organismo.

O nosso corpo é repleto de sensores (nociceptores) responsáveis por detectar diversos tipos de estímulos nocivos. Esses estímulos são transformados em impulsos elétricos, que por sua vez são levados através dos neurônios até o cérebro. No cérebro há um sistema responsável por processar a informação recebida e gerar a nossa percepção da dor. 

Na dor aguda, quando sofremos uma lesão, por exemplo, a dor funciona como um alarme. O alarme é disparado porque houve um motivo, que é a lesão. 

Já na dor crônica, há uma falha deste mecanismo e esse alarme fica disparando sem que haja motivo. Isso ocorre quando, após ficar muito tempo processando a sensação de dor, o sistema nervoso central (cérebro) sofre uma sensibilização, que é chamada sensibilização central. Nesse caso, a dor perde a função de nos alertar sobre perigos que podem causar lesões e, então, ela passa a ser o próprio problema. 

É importante saber que a dor crônica pode se tornar irreversível e por isso é fundamental que ela seja tratada adequadamente e o mais breve possível.

 

Quais os sinais e sintomas da dor crônica?

A dor crônica pode provocar alterações como cansaço, distúrbio de sono, irritabilidade, ansiedade, alterações de memória, alterações do apetite e do peso, diminuição da libido, constipação intestinal, entre outras. Além disso, quem convive com a dor geralmente passa a apresentar alterações musculares como tensão e rigidez, o que acaba gerando ainda mais dor; por isso é fundamental que este ciclo seja interrompido.

A dor constante e persistente causa limitações e pode interferir em quase todas as atividades pessoais, profissionais e sociais. Os pacientes podem se tornar menos ativos fisicamente e se afastar das suas atividades sociais. O prejuízo psicológico e social pode ser grave, pois a dor crônica também pode provocar ou agravar problemas como a depressão.

 

Causas / Diagnóstico

As causas da dor crônica são variadas e incluem doenças ou síndromes crônicas, lesões, além de outras alterações, como desvios posturais.

As doenças e síndromes que causam dor e são duradouras, produzem estímulos contínuos de dor no cérebro e são frequentes causadoras de dor crônica. Exemplos: artrite, câncer, diabetes, fibromialgia, síndrome miofascial e cefaleia crônica.

Algumas lesões, mesmo que leves, também podem levar a alterações a longo prazo no sistema nervoso (sensibilização central) causando dor persistente. Nesses casos, mesmo após a lesão ter sido curada, a dor permanece. 

Com a sensibilização, também poderá ocorrer uma percepção desproporcional da dor. Assim, desconfortos ou dores que eram leves podem passar a ser percebidas como dor intensa. 

Exemplos: hérnia de disco, ruptura de ligamentos e contraturas musculares.

 

Diagnóstico

Sempre que houver uma dor persistente é necessário consultar um médico, seja um clínico geral ou um especialista em dor.

A determinação do tipo de dor é muito importante para o médico, pois ele irá determinar o melhor tipo de tratamento para cada pessoa. 

Os principais tipos de dor crônica são:

  1. Dor nociceptiva ou somática

É a dor que surge devido a uma lesão ou inflamação.

Exemplos de possíveis causas: corte, queimadura, pancada, fratura, entorse, tendinite, contraturas musculares.

  1. Dor neuropática

Dor que acontece por disfunção ou lesão do sistema nervoso. Esse tipo específico de dor surge quando um “curto-circuito” altera os sinais nervosos que passam a ser anormalmente interpretados no cérebro, podendo causar sensação de queimação, agulhadas ou formigamento e outras sensações extremamente dolorosas. 

Exemplos de possíveis causas: diabetes, síndrome do túnel do carpo, neuralgia do trigêmeo, estreitamento do canal medular, AVC (derrame), alterações genéticas, infecções como o herpes e substâncias tóxicas.

  1. Dor mista ou inespecífica

É a dor que é causada tanto por componentes da dor nociceptiva e neuropática, ou por causas desconhecidas.

Exemplos de possíveis causas: dor de cabeça, hérnia de disco, câncer, vasculite, osteoartrose (em qualquer articulação).

 

Tratamento

O tratamento da dor crônica é complexo e vai muito além do uso de medicamentos, pois se faz necessário também reequilibrar o físico e o emocional.

Os medicamentos são utilizados para aliviar a dor, promover o relaxamento muscular, diminuir a ansiedade e melhorar a qualidade do sono. O tratamento pode incluir analgésicos, antidepressivos, anticonvulsivantes, relaxantes musculares, ansiolíticos, entre outros. 

Os antidepressivos podem ser fundamentais para reduzir a sensibilização do sistema nervoso central, principalmente na fase inicial do tratamento. Na dor crônica os antidepressivos atuam reequilibrando a quantidade de neurotransmissores que diminuem a dor e, juntamente com os anticonvulsivantes, poderão auxiliar na eficácia do tratamento.

O tratamento deve ser sempre individualizado, respeitando as necessidades e as características de cada pessoa.

 

TRATAMENTO FÍSICO

O tratamento físico consiste em abordar diretamente a musculatura e os demais tecidos corporais que sofrem alterações devido à dor crônica, como as fáscias e os tendões. Para reverter essa condição é necessário proporcionar um relaxamento profundo juntamente com uma melhor oxigenação e realinhamento das fibras musculares. 

Sabendo disso, a Fibroclínica desenvolveu um método próprio de tratamento físico, composto por duas fases: desprogramação e reprogramação neuromuscular. 

A primeira fase do tratamento tem como foco a dessensibilização do sistema nervoso central; ela proporciona alívio da dor, tensão, fadiga e rigidez, devolvendo o bem-estar e a sensação de leveza. 

Já a segunda fase desenvolve a consciência corporal, a percepção da capacidade física e vai gradualmente promovendo o reequilíbrio dos grupos musculares, tornando-os fortes, flexíveis e relaxados. Com isso, o paciente voltará a experimentar a sensação de movimentar-se de forma leve, fluida e prazerosa.

A segunda fase possibilita a manutenção dos resultados obtidos na primeira fase e, além disso, uma evolução gradual da capacidade física, tornando o paciente apto a retomar sua vida normal e a incorporar os exercícios físicos à sua rotina de forma segura e eficaz.

É importante salientar que o tratamento físico bem conduzido poderá proporcionar a redução gradual até chegar à suspensão do tratamento medicamentoso, na maioria dos casos.


PSICOTERAPIA

As condições emocionais também influenciam na dor crônica. Situações estressantes, tristeza, angústia ou ansiedade, por exemplo, podem ser responsáveis pelo surgimento ou pelo aumento da dor.

A psicoterapia tem como objetivo principal compreender o funcionamento emocional do paciente, contribuindo na estruturação e organização psíquica, com o intuito de aliviar ou proporcionar o desaparecimento de sintomas.

Dessa forma a psicoterapia é uma excelente aliada das demais formas de tratamento.

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Fibroclínica© – Todos os direitos reservados – Por METANÓIA Agência de Comunicação Criativa.

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